sábado, 7 de abril de 2012

Carta do Leitor


Carta do Leitor




Na maioria dos jornais e revistas, há uma seção destinada a cartas do leitor ― em geral conhecida como "Cartas à Redação", "Painel do Leitor", entre outros títulos.

Essa seção oferece um espaço para que o leitor faça elogios ou críticas a uma matéria publicada, ou mesmo sugestões. Os comentários podem referir-se às ideias de um texto, com as quais o leitor pode concordar ou não; à maneira como o assunto foi abordado (neste caso, um leitor mais conservador pode afirmar que determinada questão foi tratada de forma muito liberal); ou à qualidade do texto em si (pode-se achar que o autor abusou de clichês, por exemplo).
É possível também fazer alusão a outras cartas de leitores, para concordar ou não com o ponto de vista expresso nelas.

A linguagem da carta do leitor costuma variar conforme o perfil dos leitores da publicação. Pode ser mais descontraída, se o público é jovem, ou ter um aspecto mais formal.

Esse tipo de carta apresenta formato parecido com o das cartas pessoais: datavocativo (a quem ela é dirigida), corpo do textodespedida assinatura. Porém, quando necessário, a equipe de redação do jornal ou revista adapta as cartas do leitor a seu estilo e as reduz para encaixá-las na seção reservada a elas, mantendo apenas uma parte do corpo.

Quando publicadas, as cartas costumam ser agrupadas por assunto. Assim, reúnem-se as que se refiram à mesma notícia ou reportagem em um mesmo bloco, que recebe um título.

Algumas redações de jornal contam com os serviços de um ombudsman ― pessoa contratada para criticar as matérias jornalísticas publicadas e, sobretudo, para verificar as críticas e sugestões dos leitores e depois expor seu ponto de vista.
Leia, acima, as cartas do leitor. Em "Natalidade livre", o leitor afirma concordar com duas leitoras que defendem o controle da natalidade e depois expõe seu próprio ponto de vista; na mesma carta, ele discorda de outro leitor e expõe um argumento que justifica sua posição.

Nas cartas sobre o problema dos "Limites ao fumo", apresentam-se posicionamentos diferentes com relação à proibição do fumo em algumas situações. Os dois leitores expõem argumentos que sustentam o que afirmam.

Veja também que os critérios que um grande jornal brasileiro usa para selecionar os textos que aparecerão em sua seção de cartas. Note que os extensos podem ser resumidos pelo jornal.


CARTA DO LEITOR: é um gênero textual em que o leitor se dirige a um jornal ou revista para comentar, criticar ou elogiar uma matéria ou carta publicada em edições anteriores.


Veja mais alguns exemplos de carta do leitor:

Senhores Diretores e Editores, 

Constituiu-se motivo de muita alegria para mim a circulação no final da tarde de segunda-feira, dia 10 de abril de 2006, do jornal "Correio da Tarde", que na certa vem assinar uma importante página no jornalismo escrito do Estado do Rio Grande do Norte. Excelentes reportagens, colunas as mais variadas e um conteúdo dos mais completos, fazem do jornal Correio da Tarde uma leitura obrigatória da maioria dos potiguares, a cada final de tarde. Parabéns e muitos anos de circulação é o que desejo aos que fazem o CORREIO DA TARDE.

José Maria Alves
Advogado e jornalista 
Liberdade I - Mossoró RN 


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9.Jan.2008 Ao Jornal O Progresso 

A/C: Diretoria 

Estimada Adiles do Amaral Torres, Diretora Presidente de "O Progresso" Com muita amizade, saúdo-a respeitosamente agradecendo por tudo o que "O Progresso" vem fazendo pelo bem da coletividade, inclusive da Igreja Católica. Maravilhosa a mensagem de Natal expressa pelo "Editorial" de hoje! Com os votos mais cordiais de Boas Festas, peço a Deus que lhe dê saúde e forças para continuar por longos anos a árdua e importante tarefa que assumiu com os meios de comunicação social. Dom Redovino Rizzardo, cs.


 Assim, quando quiser redigir uma carta é importante, antes de tudo, especificar o assunto, o objetivo da carta, o destinatário e escolher o tipo de linguagem que será usado (familiar informal ou impessoal formal). É importante que essa seja bem escrita e observar a comprovação (provando o seu ponto de vista) e a clareza (informação clara e precisa).



Fontes: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.
Site Mundo Educação: http://www.mundoeducacao.com.br/

quarta-feira, 28 de março de 2012

Como redigir um texto não revelando o objeto

Como redigir um texto não revelando o objeto


1. Introdução


Esta técnica foi mencionada quando foram apresentadas fórmulas para iniciar textos. Omitir, no início do texto, o objetivo ou idéia (e só revelá-los adiante) é um artifício original que desperta a curiosidade do leitor. O expediente, no entanto, pode se estender a todo o texto, como demonstramos nesta seção.
A par de outros ganhos que podem advir da produção de textos dentro deste modelo, é preciso ter presente que essa tarefa, de cunho lúdico e desafiador, se presta, ao lado de outras aqui apresentadas, a desenvolver ou resgatar o gosto pela escrita.
Foi observado, com freqüência, a satisfação do aluno, a auto-estima aumentada, por ter produzido algo novo, criativo, surpreendente. O aluno sente-se mais confiante, pois se reconhece como um ser criativo, com poderes de linguagem.

Exemplo:

No começo, ela era minha companheira nos momentos mais difíceis. Sempre que eu estava só, magoado com alguma coisa, houvesse brigado com minha esposa, discutido com os colegas do trabalho, me irritado com meus filhos, eu ia à sua procura. Aliás, com o tempo, qualquer motivo era suficiente para que corresse até ela, tal era o prazer que tal encontro me proporcionava. Ela sempre estava lá, de braços abertos, pronta para me receber, sem me fazer perguntas. Conseguia, de forma milagrosa, confortar-me e fazer-me novamente feliz em questão de segundos. Seu brilho me seduzia, sua voz era como música para meus ouvidos. Uma aura emanava em torno dela. Às vezes na sala, às vezes no quarto, com as luzes apagadas, eu era seduzido por ela, de tal forma que respondia, sem dizer não, a todos os seus apelos. Mas hoje, parece que ela já perdeu um pouco daquele brilho, aquela cor que enfeitava sua fronte. Nossa relação amorosa foi, pouco a pouco, se deteriorando. Talvez fosse a idade dela, talvez fosse seu tamanho. Afinal, convenhamos,14 é muito pouco. Resolvi trocá-la por outra, muito mais bonita, maior, um pouco usada, mas nem tanto. Minha família, após descobrir minhas intenções, até deu-me incentivo para realizar a troca. As crianças, agora, não saem da frente dela. Minha mulher é sua fã número um. Sinceramente, não sei como conseguimos viver até hoje sem uma TV de vinte e uma polegadas.
                                                                                                                             Fábio Abreu dos Santos
Postado originalmente

Como elaborar uma resenha

Como elaborar uma resenha


1. Definições

Resenha-resumo:
     É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor.

Resenha-crítica:
     É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.


2. Quem é o resenhista

     A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente.


3. Objetivo da resenha

     O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros,filmes peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.


4. Veiculação da resenha

     A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas.


5. Extensão da resenha

     A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo, "um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores ... Para melhor compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas revistas.


6. O que deve constar numa resenha

Devem constar:
  • O título
  • A referência bibliográfica da obra
  • Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada
  • O resumo, ou síntese do conteúdo
  • A avaliação crítica
Originalmente publicado no site: http://www.pucrs.br

Resenha Crítica


Crítica: Diário de uma paixão

Diário de uma paixão

Marcelo Hessel
05 de Agosto de 2004

Diário de uma paixão
  The Notebook

Inglaterra/EUA, 2004
Romance - 121 min.
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: Nick Cassavetes, Jeremy Leven
Elenco: James Garner, Gena Rowlands, Joan Allen, Ryan Gosling, Rachel McAdams, James Marsden, Sam Shepard, David Thornton
Noah, o carpinteiro humilde, e Allie, a loirinha rica, tiveram um namorico de verão. Tudo acabou quando a mãe de Allie disse que Noah não era do nível da família. Anos depois da briga, o menino pobre amadurece e a menina afortunada aguarda o dia do seu casamento com um filho da alta sociedade. Nunca mais se veriam se o destino não os reunisse no mesmo cenário que um dia os assistiuamando...
A trama pode parecer ultrapassada, mas Diário de uma paixão (The Notebook, 2004) não tem medo de optar pelo mais trivial água-com-açúcar. Pelo contrário. Por trás de uma aparentemente simplória história de amor, há a defesa metalinguística de um gênero que caiu em desuso nos atuais dias de cinismo. Até a época retratada pelo diretor Nick Cassavetes, os anos 1940 da guerra e do sonho americano, remete aos tempos áureos do melodrama.
Noah e Allie, vividos em 1946 por Ryan Gosling Rachel McAdams, são interpretados cinquenta anos depois por James Garner Gena Rowlands, mãe do diretor. Ela está internada numa casa de repouso, com Mal de Alzheimer. Ele a acompanha com o caderno do título, do qual tira diariamente a mesma história dos dois jovens apaixonados, Noah e Allie. O velho se esforça, assim, para manter na memória doente dela a lembrança do amor.
Não há problema em revelar aqui a verdade dos personagens - situação um tanto evidente, que o roteiro tenta manter em ineficaz suspense. O que importa, sim, é entender que a luta de Noah em preservar o passado diz menos respeito a Allie e muito mais ao próprio gênero engolido pela História. Saber que o filme se destina a simplesmente homenagear o melodrama torna tudo mais prazeroso. O incômodo da trama rasa dá lugar à nostalgia da roda gigante, dos amassos no cinema, dos passeios de barco e dos amores incondicionais.
Isso basta para induzir, com eficácia, o choro da audiência. Mas há o outro lado. E se o filme não tem medo de ousar, que aceite a crítica da sua pretensão. Essa museologia ingênua, tipo "como era bom naqueles tempos...", anda de mãos dadas com o fetiche e a paródia. É como a banda Darkness que vampiriza o Heavy Metal farofa ou os grupos do "Novo Rock" que se vestem como os seus pais hippies: tudo não passa de risível e anacrônico fetichismo. Sem reinventar antigas fórmulas, sem introduzir algo novo, não há como fazê-las funcionar com autenticidade.
E se você cair na gargalhada diante do bigodudo pai de Allie, da revoada digitalizada de pássaros, dos negros dançando em volta da fogueira sulista, ou do Noah perplexo com a guerra, não se sinta um herético insensível. A culpa não é sua.
Havia meios de fazer com que Diário de uma paixão fosse um filme melhor. Se Cassavetes tivesse interrompido a narrativa no momento em que a velha Allie perde a memória e surta, seria o final perfeito: instigante, anticlimático, consciente da sua falibilidade, dos limites da sua viagem revivalista. Mas o diretor se deixou enganar pelo sentimentalismo, justamente quando estava bem no olho do furacão temporal.


Originalmente publicado no site: www.omelete.uol.com.br

Linguagem verbal e não verbal - 1ª série - EM.

Redação/Produção Textual - Qual a diferença entre língua e linguagem?Comunicação; linguagem e língua.
linguagem  é a capacidade natural que o ser humano tem de se comunicar, seja por meio de palavras, gestos, imagens, sons , cores, expressões, etc.

A linguagem pode ser classificada em: verbal e não verbal.

Verbal  – quando usa palavras (escrita ou falada)

Não-verbal  – quando utiliza gestos, sons, cores, imagens, etc.

Pode-se optar pelo uso de uma ou outra forma de linguagem, ou mesmo utilizar a combinação da duas para se comunicar.

língua é o conjunto de sinais que determinadas comunidades usam para se comunicar. São as regras gramaticais.

Linguagem - universal e abstrata capacidade de todo ser humano. Por exemplo, o sorriso é entendido por qualquer ser humano.
Língua - local e concreta, capacidade de determinado povo, ou de quem se disponha a aprender as regras gramaticais da língua específica. Por Exemplo, o idioma francês só é entendido pelo povo francês, ou por quem estude e domine a gramática da língua francesa.